Wednesday, October 31, 2007

Num
me
chama de
cachorra
qui eu
num sô tua mulé.

Tuesday, October 23, 2007

Dito
Diga-me, pequena criança, o porquê do sol amanhecer sorrindo. O porquê da luz da lua no horizonte depois da tempestade de ontem. E por que o sorriso desses dentes me faz rir por dentro assim? Diz, me diz... Por que os olhos enchem d'água? Por que as mãos ainda tremem? Por que ainda há borboletas aqui?Só não me diz saudade. Por que se as crianças ainda não tem coração o sol amanheceu sorrindo? Pequena criança...
*
Poema Concreto
Queria falar sobre Ana, mas rá. Eu ri.
De longe a gente cisma que há errata.
É preciso saber. É preciso não morrer por enquanto.
Anima.
O destino vai com os cavalos. Tempos que não voltam mais.
De celibato. De água benta. De silêncio.
Auto deficiente. Distinto, distante e divino.
Sobre a ignorância dos cavalos, sabe.
Sobre as costas do destino, sobe.
Aos olhos, faz-se íntegro e pouco.
O poeta queria falar sobre a Ana.
*